terça-feira, 14 de maio de 2013

Resenha: Maze Runner #1 - The Maze Runner

de James Dashner

Traduzido para "Correr ou Morrer" no Brasil, The Maze Runner conta a estória de um garoto que acorda um dia em um elevador escuro, sem saber como foi parar lá, e sem lembrar de nada que diz respeito à sua vida anterior, a não ser seu nome. Thomas.
Quando as portas se abrem, ele se vê de frente com vários meninos, todos adolescentes, olhando para ele. E é aí que as perguntas começam. Onde eu estou? Quem são vocês? O que eu estou fazendo aqui? Por que não consigo me lembrar de nada?
Os meninos, desde o início, se mostram indispostos a responder a maioria das perguntas que Thomas faz, ou porque estão cansados de responder as mesmas coisas para todos os meninos que chegam ali (Thomas logo descobre que um menino novo chega ali todo mês) ou porque não sabem as respostas. Thomas é informado de que está em um lugar chamado Glade, que traduz pra Clareira, que é como eles colocaram no livro em português. A Clareira é um lugar enorme, grande o suficiente para que os meninos mantenham uma plantação, um curral, um dormitório pequeno e, atrás de algumas árvores, um cemitério, além de outras coisas. Esse lugar é cercado por paredes gigantes de pedra, com uma abertura de cada lado, que se fecham à noite. Do lado de fora dessa clareira, um labirinto, que os meninos supostamente precisam resolver para sair dali.
Ora, isso parece relativamente fácil, né? Resolver um labirinto seria simples o suficiente, mas Thomas logo descobre a existência dos Grievers (não sei como traduziram isso), "monstros" que vivem do lado de fora da Glade e sempre aparecem à noite. Além disso, as paredes do labirinto parecem mudar a cada noite, o que não facilita o trabalho desses meninos, que se autodenominam "gladers" (acho que no Brasil, ficaram sendo os "clareanos") e que usam tantas gírias criadas por eles que Thomas tem dificuldade de entender o que cada um diz, no início.
Ok, vamos em frente.
O livro é narrado em terceira pessoa, mas do ponto de vista de Thomas, de forma que nós só sabemos o que Thomas sabe, e vamos descobrindo tudo junto com ele. O livro flui de uma maneira muito boa, sem blablablá desnecessário ou cansativo, e te permite entrar completamente na estória logo de cara.
Desde o primeiro capítulo nós queremos saber o que aconteceu. Queremos respostas, e ficamos frustrados ao não recebê-las, mas de uma forma boa, gostosa, que dá prazer em continuar lendo.
Todo capítulo é uma tensão. Praticamente todos os capítulos acabam em um cliffhanger, e fica difícil parar de ler.
Eu adorei a escrita do James. Adorei a forma como ele nos prende na leitura e como desenvolve a estória, que também é ótima e muito criativa, do meu ponto de vista.
O único ponto negativo foi a questão da personalidade dos personagens. Todos eles tem suas características próprias e bem divididas, ou seja, a personalidade de um não se torna a personalidade de outro quando conveniente, e isso é ótimo. Mas o que eu notei foi que em algumas partes, um personagem que se mostrava contra algo o tempo todo, se mostra a favor na próxima cena, e isso me incomodou. Nada que me tire o foco do livro, no entando, e minha mente logo arranjou uma explicação pra isso: os personagens provavelmente tem motivos pra mudar de ideia, ou alguém conversou com eles e os convenceu, e nós só não sabemos ou não entendemos pois estamos vendo tudo através de Thomas.
Ainda assim, é um ponto negativo.
De forma geral, o livro é ótimo, cheio de reviravoltas, e mal posso esperar para começar o segundo. Só não comecei ainda pois queria fazer a resenha desse primeiro, para não confundir as estórias.
The Maze Runner se junta à pilha dos melhores livros de 2013.

Beijos, etc.

Nenhum comentário:

Postar um comentário